A importância de uma boa gestão de projetos para as MPMEs

por Roberto Matsubayashi* roberto-matsubayashi-rmatsu.jpg

O noticiário e os programas de apoio às micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) são fartos em exemplos de empresários que obtiveram sucesso a partir de uma boa idéia e muito, muito trabalho. Em sua grande maioria, os empreendedores apenas foram fazendo, ajeitando, ampliando e recriando, com o mínimo de estratégia, planos ou projetos. Ao que parece, as experiências anteriores, habilidades natas e, sobretudo, a visão e a vontade de vencer falaram mais alto. Por outro lado, para os casos de insucesso é possível concluir que faltaram um ou mais destes atributos. É muito difícil e arriscado generalizar.

Nas iniciativas em grandes empresas, de certa forma, pode-se ter um cenário semelhante. Diariamente, são lançados novos negócios, novos produtos e serviços e, da mesma forma que para as MPMEs, existem muitos casos de sucesso e um número maior ainda de insucessos.

Para aumentar a probabilidade de êxito na implantação de novos negócios, as organizações estão cada vez mais desenvolvendo competências na obtenção de informações de mercado, na formulação de estratégias e no gerenciamento de projetos.

Esta última competência vem ganhando destaque nos últimos anos, não só para a implantação dos novos negócios, mas também para todas as mudanças nas organizações relacionadas a atividades que nunca foram realizadas antes. Na verdade, este é um componente importante na definição de projeto. O PMI – Project Management Institute define projeto como “um esforço temporário empreendido para criar um produto, serviço ou resultado exclusivo”.

O gerenciamento de projetos não é um privilégio das grandes empresas, por isso deveria ser mais difundido entre as MPMEs. Embora a adoção das boas práticas de gerenciamento não possa garantir o sucesso de mercado de um novo empreendimento ou produto, sem dúvida, pode reduzir substancialmente o investimento e o tempo empregados para o seu lançamento.

Um bom escopo de negócio, produto e projetos mais ajustados à visão da empresa e mais bem definidos para o entendimento de todos os envolvidos em sua realização; cronogramas mais realistas que permitam o acompanhamento e controle das atividades planejadas, evitando atrasos que possam comprometer a qualidade, o custo e eventuais oportunidades de mercado; orçamentos mais precisos que permitam a identificação de oportunidades de redução de custos, o acompanhamento de todo o investimento realizado e o planejamento do fluxo de caixa, apontando eventuais variações para que decisões possam ser tomadas nos momentos corretos, inclusive as relacionadas às eventuais necessidades de complementação dos recursos são excelentes razões para não se abrir mão de um gerenciamento de projeto.

Mudanças são mais facilmente realizadas na fase de planejamento, já que após iniciada a implantação, alterações no projeto podem significar desde re-trabalho até a perda total do investimento assumido.

Estas condições não são diferentes na implantação de novos processos logísticos, instalações e mesmo equipamentos de automação. Um bom projeto pode, por exemplo, garantir o aproveitamento de todo o potencial que o uso do código de barras pode oferecer à empresa, podendo até significar investimentos, prazos e custos operacionais muito menores.

A GS1 Brasil oferece o Programa de Gestão Eficiente aos seus associados de mames, que busca, através de sessões teóricas e práticas, auxiliar os participantes a desenvolver seus projetos de implantação de processos logísticos automatizados.

*Roberto Matsubayashi é gerente da Célula de Desenvolvimento de Negócios da GS1 Brasil.

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